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Desenvolvimento CPD/DASE
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- Redação

Melhorando e conectando frases
Alguns termos conectivos.

1) aliás, além do mais, além de tudo, além disso: introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse desnecessário, justamente para dar o golpe final no argumento contrário.
Os salários estão cada vez mais baixos porque o processo inflacionário diminui consideravelmente seu poder de compra. Além de tudo são considerados como renda e taxados com impostos.
2) isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras: introduzem esclarecimentos, retificações ou desenvolvimento do que foi dito anteriormente.
Muitos jornais, fazem alarde de sua neutralidade em relação aos fatos, isto é, de seu não comprometimento com nenhuma das forças em ação no interior da sociedade.
3) Certos elementos de coesão servem para estabelecer gradação entre os componentes de uma certa escala. Alguns, como mesmo, até, até mesmo, situam alguma coisa no topo da escala; outros, como ao menos, pelo menos, no mínimo, situam-na no plano mais baixo.
O homem é ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da ciência, do próprio semelhante, até mesmo do futuro e da morte.
ou
É preciso garantir ao homem seu bem-estar: o lazer, a cultura, a liberdade, ou, no mínimo, a moradia, o alimento e a saúde. Às vezes o conectivo tem seu uso inadequado de forma proposital, que revela um preconceito ou uma ironia. Mário Amato, ex-presidente da Fiesp, referiu--se à ex-ministra Dorothea Werneck desta forma:
Ela é mulher, mas é capaz.
Vamos a nossa prática...
Tema

Leiamos os textos de apoio extraídos de sites na internet.

1. Uma vez que a necessidade de anticoncepção é exclusiva aos casais heterossexuais cujo ato sexual com penetração pode, dependendo do período do ciclo menstrual das mulheres, resultar em gravidez, para aquelas e aqueles que não querem que isso ocorra a contracepção é um instrumento básico na vivência dos direitos reprodutivos.
As variadas posições em torno desse embate político podem ser, para facilitar a compreensão, agrupadas em três blocos. De um lado estão aqueles atores que compreendem e defendem a anticoncepção como uma prática de cidadania, que por isso deve ser garantida como um direito social e usufruída como uma liberdade individual, onde autonomia e desejo são elementos fundamentais. Do lado oposto estão os que propagam e patrocinam a contracepção como uma prática de controle de natalidade.
A Igreja – e sobretudo a Igreja Católica – também é parte desse conflito, representando uma terceira tendência, contrária ao exercício dos direitos reprodutivos e dos direitos sexuais e que defende que a prática da sexualidade deve estar obrigatoriamente subordinada à reprodução e ao contrato de casamento civil/religioso. Sob essa condição, a anticoncepção só é permitida através dos métodos considerados “naturais”, que em geral implicam abstinência da atividade sexual.
Maria Betânia Ávila é socióloga, coordenadora geral do SOS Corpo - Gênero e Cidadania e integrante da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos.

2. Uso de preservativos divide opinião de integrantes da Igreja Católica
CAMPINAS (SP) – O presidente do Pontifício Conselho da Pastoral da Saúde da Santa Sé, monsenhor Javier Lozano Barragán, criticou ontem os setores da Igreja Católica que já admitem o uso da camisinha como forma de evitar a contaminação pelo vírus HIV. A Igreja, segundo ele, ainda defende a fidelidade matrimonial como a melhor maneira de evitar o contágio.
DEFESA – O uso da camisinha como forma de evitar a contaminação foi defendido anteontem, na abertura do evento, pelo bispo de Goiás, dom Eugene Rixen, coordenador da Comissão Nacional de DST-Aids, ligada à Pastoral da Saúde. Segundo ele, o método deveria ser liberado pelo menos para evitar a transmissão do vírus entre os grupos de risco, como prostitutas e homossexuais.
MANDAMENTO – No caso das prostitutas e homossexuais, monsenhor Barragán diz que a proibição da camisinha se apóia no preceito não fornicarás (relações sexuais consideradas ilícitas pela igreja), inserido no sexto mandamento das Leis de Deus .
Para o representante do papa, a defesa que alguns setores da Igreja fazem em favor da camisinha deve ser interpretada como opiniões isoladas. Ele não falou em punição, mas deixou claro que os dissidentes terão de aceitar a interpretação da Igreja. “Quando um bispo se aparta da forma de pensar do episcopado, está equivocado”, destacou.
Jornal do Comércio

3. "Estou abalado e enojado com a Igreja Católica", disse o padre anglicano Joe Mdhlela, porta-voz do SACC, conselho que reúne todas as igrejas representadas na África do Sul, inclusive a católica.

"Existem provas médicas irrefutáveis de que os preservativos podem ajudar a salvar vidas. O HIV/Aids é uma pandemia e, quanto ao SAAC, nossa convicção é a de que é preciso fazer o possível para salvar vidas e limitar a propagação da doença", enfatizou o padre.

"A Igreja Católica deve olhar o verdadeiro mundo de frente. A luta da Igreja está em seus dogmas e em seus ensinamentos e deve tentar se livrar disso", continuou.
10/10/2003

4. Dogma s.m.(gr. dógma, opinião) 1. ponto fundamental, incontestável de uma doutrina religiosa ou filosófica. 2. conjunto desses pontos que constituem uma doutrina. 3. opinião dada como certa, inatingível e imposta como verdade indiscutível.
Dicionário Larrousse de Língua Portuguesa

5. “...mulheres grávidas de fetos sem nenhuma possibilidade de vida fora do útero podem abortar sem pedir autorização judicial. (...) O Procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, anunciou que vai contestar no Supremo Tribunal Federal. Católico fervoroso, que jamais perde a missa aos domingos e dá aulas de catequese aos sábados, Fonteles diz ‘sou defensor da vida’. Fonteles, correto e honesto como é, deve mover-se pela melhor das intenções, mas parece que uma razão teológica está a lhe agitar a cabeça. Afinal, fora do universo dogmático da fé, não há argumento razoável para obrigar uma mulher a manter uma gravidez de um feto sem cérebro.”
André Petry, Revista Veja, 14/07/2004

Produção da Redação

Planejamento

Assunto: dogma religioso, contracepção e aborto.
Delimitação: buscar opinião sobre a posição da igreja cristã em relação ao uso de contraceptivos e ao aborto.
Objetivo: provar que alguns pontos do dogma religioso têm de ser repensados, como, por exemplo, a contracepção e o aborto de fetos sem vida, em vista de direitos humanos, controle da natalidade familiar e proteção a doenças como a própria AIDS.

Introdução (frase de abertura com uma das palavras do assunto + frase seguinte utilizando as outras duas palavras do assunto + frase contendo pergunta).
O dogma religioso tem assegurado bastantes discussões, sobretudo quando a questão é social. Temas como contracepção e aborto de fetos sem vida são tratados de formas diferentes. Em pleno século XXI, de que maneira observar a questão?

Desenvolvimento 1 (tópico frasal + conceito de dogma + crítica ao fato de o dogma ser uma “verdade indiscutível” + depoimento de Joe Mdhlela + pergunta ao final do parágrafo)
Tornou-se muito polêmico o conceito de dogma haja vista as transformações humanas e mundiais. Dogma é, conforme o dicionário, uma doutrina incontestável, inatingível, indiscutível. Não se pode imaginar como um fundamento religioso seja visto intacto à investigação. É pertinente o argumento de Joe Mdhlela, padre anglicano: "A Igreja Católica deve olhar o verdadeiro mundo de frente. A luta da Igreja está em seus dogmas e em seus ensinamentos e deve tentar se livrar disso". Em outras palavras, por conta do poder dogmático, pessoas devem pagar?

Desenvolvimento 2 (tópico frasal + exemplo de liberdade de exercer a cidadania + casos de fetos já sem vida / aborto sem pedir autorização judicial).
Como toda evolução, a humanidade passa por fatores decisivos. O surgimento da pílula anticoncepcional, do preservativo, constituiu-se saída para a gravidez indesejada, condicionando mais tranqüilidade no momento da relação sexual.
Desenvolvimento 3 (tópico frasal + liberdade individual + conectivo além disso introduzindo idéia de que preservativo é a única maneira de não pegar Aids nas relações sexuais)
A igreja deve rever seus conceitos. Primeiro porque a liberdade individual, estabelecida numa sociedade democrática, igualitária, ratifica ainda mais a escolha de usar ou não anticoncepcionais, preservativos, até mesmo abortar um feto que não mais viverá. Além disso,

Conclusão (termine a seguinte frase)

Em relação ao que foi apontado, entende-se que...



Procedimentos Básicos

01. Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de redação;

02. Levantamento de idéias
A melhor maneira de levantar idéias sobre o tema é a auto-indagação;

03. Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo;

04. Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa desviar um pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos;

05. Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;

06. Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado!

07. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
Orientação para Elaborar uma Dissertação
• Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.
• Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa do plural.
Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As idéias-núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas.
• Evite que seu texto expositivo ou argumentativo seja urna seqüência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou exemplificação..
• Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.
• Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e
subjetivos.
• Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as abreviações.
• Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa: hippie, status, punk, laser, chips etc.
• Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e informativas.
• Observe se não há repetição de idéias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação de idéias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao tema proposto.
• Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia.
• Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes culturais diversas.
• Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra ou da continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos ou muito curtos, bem corno os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção primária.




SEGUEM ALGUNS MODELOS

TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.”
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperança.
O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.
Carlos Apolinário, adaptado
Comentário:
O primeiro parágrafo constitui a introdução do texto (tese).
Os parágrafos segundo, terceiro e quarto constituem o desenvolvimento (argumentação — exemplificação com análise e crítica).
O último parágrafo é a conclusão (perspectiva de solução).


TEMA:
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
(Fernando Pessoa)
Sonhar é preciso
“Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser humano, um sebastianista louco, vislumbrando o Quinto Império; um navegador ancorado no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’; e um obscuro D. Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente, investe contra seus inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio.
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem um sentido épico da existência, que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna.
É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que nossos barcos não cheguem a parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.
O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e saudáveis, soletrando o abecedário. Um passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e cristãos, brincando de roda em Beirute ou na Palestina.
E os vestibulandos, todos, de um país chamado Brasil, convocados a darem o melhor de si no curso superior que escolheram.
Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor, mas convicto de que nada vale a pena, se a alma é mesquinha e pequena.”
Comentário:
A introdução encontra-se no 1° parágrafo, que faz uma espécie de síntese do texto, funcionando como uma espécie de índice das idéias e elementos que aparecerão no desenvolvimento (sebastianista, o navegador, o D. Quixote).
O desenvolvimento está nos cinco parágrafos seguintes, que retomam e explicam cada uma das idéias e elementos apresentados no inicio.
A conclusão realiza-se no último parágrafo, reafirmando a tese de que somos do tamanho de nossos sonhos e de nossas lutas por nossos ideais, sem os quais a alma seria mesquinha e pequena (e a vida não valeria a pena).

TEMA: “À busca do Brasil de nossos sonhos, travar-se-á uma longa jornada.”
Em busca do Brasil de nossos sonhos
Utopia, talvez seja este o termo que resuma os anseios de um povo que, há mais de quatro séculos, alimenta esperanças de ver seu país constituir-se em um Estado forte e humanitário.
Transformações drásticas e rápidas não correspondem ao caminho a se seguir que será árduo e penoso, entretanto os júbilos alcançados serão tão doces e temos que terão valido cada gota de sangue e suor derramado.
Muitos são os problemas (corrupção, injustiça, desigualdades...) e suas soluções existem, só não fazem parte do plano político-econômico e social a ser seguido, pois este não há. Generalizar chega a ser infantil e prematuro, mas atualmente não se tem tido conhecimento sobre uma reforma concreta e séria que vise à melhoria de vida da população e que não esteja “engavetada”, ainda em “processo de viabilização”, tal como as reformas agrária e tributária, por exemplo. A justiça no Brasil, além de paradoxal, vem a ser ilusória.
Diversidade de solos, climas, costumes, gente, vários povos misturados em um só, tantos méritos e nenhuma vitória que não tenha sido mais do que temporária. O amor à pátria a cada dia fica mais frágil quando deveria se fortalecer, então o que fazer?
Lutar, não travando guerras ou impondo violência. Reivindicar direitos e estipular deveres requer sabedoria, a liberdade de expressão foi conquistada com muito esforço e perseverança por brasileiros que queriam gritar e não se calar diante da destruição lenta e contínua de seu país.
Valorizas o nosso e melhorar o Brasil depende não da vontade de cada um, isoladamente, mas sim do desejo de todos, afinal são mais de cento e trinta milhões de pessoas com interesses diversos ocupando um mesmo país, e muitas querem vê-lo progredir, no entanto como isso será possível? Optando por um nacionalismo extremado? Talvez. Para haver mudanças é preciso que se queira mudar, um Estado politicamente organizado, quem sabe, este Estado: o Brasil.
Tatiana R. Batista
Como melhorar o Brasil
“E nas terras copiosas, que lhes denegavam as promessas visionadas, goravam seus sonhos de redenção”. Com estas palavras José Américo de Almeida, em seu livro “A Bagaceira”, conseguiu caracterizar um Brasil que, há quinhentos anos, mantém-se o mesmo: injusto e desigual.
Fome e miséria em meio à fartura e pujança, descontentamento e inércia presentes em um mesmo povo. Tantas contradições advêm de um processo histórico embasado em inserir o Brasil no contexto sócio-econômico mundial como um Estado dependente economicamente, subdesenvolvido tecnologicamente, sendo por isso frágil perante a soberania de um sem-número de países que desde sempre deteve o controle supremo de o quê, e como tudo deve ser direcionado.
De colônia à república, sendo monarquia ou não, a aristocracia se mantém presente, forte e imponente, segura habilidosamente “as rédeas” deste “carro desgovernado” chamado, anteriormente, de Terra brasilis. É estranho pensar que um vasto território, em que se afirma vigorar o “governo de todos e para todos” pertença na realidade a um restrito grupo que não deseja alterações de qualquer tipo, por considerar a atual situação do Brasil ideal. O ideal seria desconsiderar tais argumentos, sendo estes inválidos e inadmissíveis, uma vez que altos níveis de desemprego, corrupção, carência nos diversos setores públicos..., não correspondem ao que se espera para haver uma elevação no padrão de desenvolvimento de um país.
A globalização, tão comentada em todo o mundo, só ratifica ainda mais um processo que, aos olhos de todos, parece inevitável: a colonização do mundo, a preponderância de uns poucos Estados politicamente organizados sobre o resto do planeta. O Brasil virando colônia, principalmente, dos Estados Unidos da América. A submissão completa.
Deste ponto de vista (que pode ser o único), a situação se apresenta de forma grave. Alarmante, porém é a falta de soluções.
Pior, talvez seja a falta de interesse em mudanças. Já foram privatizadas a (Companhia Vale do Rio Doce, a Siderúrgica Nacional, logo em breve a Petrobrás e o Banco do Brasil, símbolos da soberania nacional. Vivemos em um mesmo espaço o qual cada vez mais deixa de nos pertencer, estamos enfraquecidos, o nacionalismo se enfraquece se a nação única deixa de existir. Não se pode afirmar que uma atitude revolucionária seja o melhor caminho ou o caminho certo, no entanto a passividade neurastênica da população jamais resolverá nada. O exercício da cidadania é necessária para implantar a verdadeira cidadania. Consciência política e senso de justiça o pior obstáculo a ser contornado é a alienação, conseqüência da ignorância que cerca a maior parte da população, sem acesso à cultura.
O primeiro passo já foi dado: conhecer os problemas e, mesmo que superficialmente, pensar a respeito. Ufanismo, utopia, sonho, perseverança e luta. A coragem precisa de esperança, o homem precisa de ambas para sobreviver e lutar. Se o povo brasileiro é naturalmente corajoso, lutemos agora para seguir em frente e firmar este país como soberano e forte que é.
Tatiana R. Batista
A corrupção no Brasil
Durante todo o processo de formação cultural do povo brasileiro, o trabalho nunca foi considerado uma atividade digna, a riqueza, mesmo ilícita era a grande nobreza e a comprovação da superioridade.
No período colonial, o trabalho para o português recém-chegado toma-se um ato ignóbil, explorar o bugre e o negro é a maneira de se viver numa terra nova, onde a “esperteza” de sempre tirar lucros e ganhar, mesmo através da trapaça, é considerada uma virtude.
No império e na república oligárquica, a história se repete e sempre está a favor de uma aristocracia, que desrespeita a condição humana, com suas atitudes nepóticas e de extrema fraternalidade entre os iguais mineiros e paulistas.
Nos períodos seguintes, a rede de corruptos se mostra e toma contorno urbanos, onde a população adquire maior intelectualidade e passa a exigir um maior respeito e que pelo menos se disfarcem os roubos contra nossa população de miseráveis e condicionados.
Já cansada pelos quinhentos anos de “falcatruas” justificadas e pela explosão de novas “bombas”, a cada dia a população apercebe-se. em fim, do maquiavelismo político e rejeita as soluções prontas e maternais da pátria mãe gentil.
Esperamos que, nos próximos anos, a política brasileira tome-se mais séria, rejeite o dito maquiavélico e trate o trabalho como um meio de ascensão e de dignificação do homem e não como um ato oprobriante.
Tiago Barbosa
Os grandes escritores possuem tal convívio e domínio da linguagem escrita como maneira de manifestação que não se preocupam mais em determinar as partes do texto que estão produzindo. A lógica da estruturação do texto vai determinando, simultaneamente, a distribuição das partes do texto, que deve conter começo, meio e fim.
O aluno, todavia, não possui muito domínio das palavras ou orações; portanto, torna-se fundamental um cuidado especial para compor a redação em partes fundamentais. Alguns professores costumam determinar em seus manuais de redação outra nomenclatura para as três partes vitais de um texto escrito. Ao invés de começo, meio e fim, elas recebem os nomes de introdução, desenvolvimento e conclusão ou, ainda, início, desenvolvimento e fecho. Todos esses nomes referem-se aos mesmos elementos. Parece-nos que irrelevante o nome que cada pessoa atribui. O importante é que as pessoas saibam que elas devem existir em sua redação.
Vejamos, sucintamente, cada uma delas.


A. INTRODUÇÃO (início, começo)
Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redação deve ter trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a parte introdutória.

DEFEITOS A EVITAR
I. Iniciar uma idéia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressões (o início dever ser curto).
III. Iniciar com as mesmas palavras do título.
IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento d primeira frase.
V. Iniciar com chavões

Exemplos:
- Desde os primórdios da Antigüidade...
- Não é fácil a respeito de...
- Bem, eu acho que...
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...

B. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.

DEFEITOS A EVITAR
I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.

C. CONCLUSÃO (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
Na conclusão, nossas idéias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.

DEFEITOS A EVITAR
I. Não finalizar (é o principal defeito)
II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"

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Texto I
Viver outra vez
Márcio Barbosa

Com o solzinho da tarde, ela entrou no apartamento. Sábado.
_ A entrevista, lembra?
Olhou as roupas espalhadas, móveis empoeirados e ele desculpou-se:
_Poucos vêm aqui. Achava que minha próxima visita seria a morte.
Observou-a. Pequena, inquieta, mãozinhas curiosas nos discos e livros. Depois, pernas cruzadas – gravador ligado – murmurou, voz rouca:
_ O terreiro do bairro quer fazer um trabalho sobre memória.
_ Ele, aborrecido, negou depoimento. Tentava esquecer o passado – fantasma que se escondia sob a cama.
_ O senhor ajudou a fundar associações, a desmascarar a ideologia da falsa democracia racial – ela insistiu.
Um dia fora professor. Mas ela não sabia que agora não era mais nada? Que há algum tempo, o coração vinha ameaçando parar?
_ Minha filha, esqueça-se de mim.
Com o esforço de levantar-se, arregalou os olhos. Ela assustou-se:
_ Que foi?
_ Tonturas, já passa.
Caiu sem dizer mais nada.
Apavorada, ela procurou vizinhos. Um taxista veio. Gordo, dirigia com a barriga encostada ao volante. No pronto-socorro lotado, brigaram para serem atendidos. Um jovem médico os recebeu, perguntando:
_ Seu pai? É só pressão um pouco alta. Vocês da raça negra são muito sujeitos a ter hipertensão.
Receitou maleato de enalapril e mandou-os embora.
Na volta, no táxi, ela ouviu-o, voz trêmula de velho, sussurrar “obrigado”.
_ Por fazer o senhor ficar nervoso – sorriu - , ir para o hospital?
_ Por que se preocupar comigo. Sabe, já estou no fim...
Ele olhou pela janela do carro. Viu crianças sem camisas jogando futebol nas ruas.
_Só não pensei – continuou – que fosse terminar viúvo, sem filhos, aqui neste bairro, que é quase outra cidade. Quem povoou Perdizes, Bela Vista? A negrada. Minha família sempre morou lá.
_Nasci aqui, ela afirmou, _ É legal. Um pouco perigoso, ultimamente. Uns amigos morrendo por causa das drogas. Dezesseis, dezessete anos. Não lhe parece que existe um plano para exterminar nosso povo?
O que o tocou, quando ela ergueu o rosto e fitou-o? Os olhos úmidos? Quase menina, tão preocupada com sua gente. Queria dizer-lha para não se iludir, mas a frase ficou presa dentro do peito, mesmo quando ela voltou outras vezes, depois do trabalho, para ver como estava. Um dia chegou, tirou o walk-man, passou os dedos dos móveis e exclamou:
_ Tem tanto pó!
_ Foi acumulando com as decepções – ele brincou.


No dia seguinte, de bermuda, coxas roliças à mostra, ela espanou, varreu. Não podia ver nada envelhecer? Pensava, com alegria de menina, em remoçá-lo? Num domingo chegou com discos:
_ Racionais, conhece? Bom pra caramba.
Ouviu e gostou. Parecia escutar a si mesmo nos versos dos raps, rapaz crescendo nos bairros do Bixiga. Mas o que a moça queria, enchendo o lugar com música, verificando se comia direito, arrumando as camisas no guarda-roupa?
_ Vê-lo recuperar-se – ela dizia. – Já está mais moço.
Acreditava no poder de cura de mãos movidas por carinho. Deu-lhe as suas e levou-o a bares onde pagodeiros punham a alma para percutir os instrumentos. Dançou com ele, sob olhares curiosos, diferentes daqueles que os vizinhos lhes dirigiam, quando passavam nas ruas, mãos entrelaçadas. Ouvia-os dizer: Podia ser sua filha, que sem-vergonha.
Ela nem ligava. O velho mais desiludido, tornava-se o mais animado. O homem que ajudara seu povo a se organizar despertava às vezes no trovão da gargalhada. Mas num sábado, tristezas de outrora emergiram no poço dos olhos. Ao vislumbrá-las, fez de tudo para leva-lo à praia. Pularam sete ondas, despachando as coisas ruins que pesavam nos ombros. Gotas de água em seus cabelos eram minúsculos sóis. Deitadinhos na areia, contou a ele sobre o pai, disse que jamais o conhecera. Os olhos marejaram, uma sombra passou por seu rosto. Então, mudou de assunto e puxou-o para brincar na água.
Voltaram da viagem à noite. Entraram no pequeno apartamento rindo de tudo, de nada. Dono ainda de olhos tristes, mas animado. Bateu-lhe no peito sem feri-lo. Acariciou sua carapinha. Depois olhou-o durante um bom tempo e beijou sua boca sorridente. Idade pra ser o pai?
Sou virgem – ela murmurou. Não posso engravidar.
As roupas ficaram sobre o tapete, espalhadas.
De mãos dadas na padaria, no mercado, ouviam os vizinhos:
É a sobrinha? – uns perguntavam.
Amante. Outros diziam baixinho.
Ele ia receber a aposentadoria e ficava no ponto de ônibus meia hora. Enquanto outros reclamavam, permanecia impassível, dono de um segredo.
É a concubina. – Parecia escutar alguém sussurrando.
Sentia-se leve, até ser acometido por uma dorzinha besta no peito.
No centro da sala, o homem sentado no sofá é uma pálida lembrança daquele que outrora acreditara na sua gente. Que fantasmas o acompanhariam ao cemitério? Ela assustou-se, ao vê-lo com as mãos sobre o peito.
_ Coração?
_ Um coração enfraquecido pelas desilusões.
Por que não falava desses fantasmas?
_ Não confia em mim? Quer dizer que eu não sou nada?
_ O gravador – ele pediu, imediatamente após ouvi-la falar.
Esperou-a tirar o sony da bolsa e continuou:
_ No início do século previa-se o desaparecimento da nossa,não digo raça, que só existe a raça humana. É melhor etnia. As elites brasileiras queriam um país sem negros e mulatos. Quando soube dessas idéias, a luz da revolta me iluminou. Uns amigos falaram-me sobre Zumbi, sobre os quilombos, sobre união. Acreditei que a união fosse possível. Mas o sonho se desfez tão rápido! Os amigos se cansaram. O nosso povo? Desinteressado, apático. Não sei – enxugou uma lágrima – como não desapareceu.
O que vocês fizeram foi bonito.
_ São coisas que eu preciso esquecer.
_ Hoje os problemas são os mesmos. Mas há pessoas jovens, querendo aprender, como eu. Quero acreditar em algo. Nosso povo sobreviveu porque acreditou na vida.
_ É verdade. Parece que nós temos de adquirir uma força tão grande, parece que um amor pela vida se enraíza tão fundo dentro da gente, que nada nos abala com facilidade. E se a gente cai, é pra levantar mais forte; se apanhamos voltamos a brigar com mais garra; se choramos, também aprendemos a extrair, lá de dentro, uma gargalhada tão gostosa, que é como se toda alegria do mundo coubesse em nosso peito. Somos negros e temos essa força. Isso é maravilhoso.
Ela abraçou-o, beijou-o. só então ele se deu conta de que falara com entusiasmo. Uma parte do sonho ainda vivia. Mas as dores no peito persistiram. Ela vinha mais vezes, preparava arroz integral, moderou no sal e tirou o açúcar branco.
_ A pinga com carqueja eu não jogo fora – ele protestou.
Era para diabetes, um amigo tinha ensinado.
Ficava irritado com os excessos de cuidados. No fundo, sentia falta quando ela não vinha. A menina de uma geração tão diferente, com quem reaprendia a reviver. A moça que acreditava nas coisas em que ele acreditara. Num domingo, sentido o relógio no peito se acelerar, disse-lhe:
_ Não vou durar muito. Só lamento não ter tido filhos.
Notou que ela ficou calada, pensativa. Escondia algo?
Veio na segunda-feira. Preocupada, tensa Acusou-o de cerceá-la. Tensão pré-menstrual? Que havia?
_ Estou grávida – disse, por fim. _ Não posso. Tenho estudos. Também não quero um filho para crescer como
Foi até a janela. Suas lágrimas rolavam como a chuva lá fora.
_ Um filho? – ele perguntou incrédulo. _ A som do meu e do teu sonho. Olhe – pegou-lhe a mão e pôs sobre o seu próprio peito – parou de doer. Podemos criar esse filho, se você quiser. – Então abraçou-a e, com a voz embargada, soluçando, falou: - Te amo.
Quando eles passavam, grávidos, ouviam os vizinhos comentarem:
É o filho – uns diziam.
O neto – outros apostavam.
- É o amor nos recriando – diziam um ao outro.
In: Os cem melhores contos brasileiros do século. Org. Ítalo Moriconi. Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2000.
Texto II
A idéia de que o casamento é o sonho dourado da mulher, enquanto o homem foge do altar como o diabo da cruz, prevalece desde a invenção das alianças e ainda inspira quase todas as comédias românticas. Mas tudo indica que essa idéia está com os dias contados. Uma pesquisa recém-concluída com dois mil homens e mulheres no Brasil mostra que, como fonte de felicidade, o casamento já é menos importante para elas do que para eles. O levantamento é parte de um estudo feito em 38 países e coordenado pela International Serving Social Program, entidade que mensura o impacto da entrada da mulher no mercado de trabalho. A pesquisa deixa claro ainda que, para ela, o marido é cada vez menos importante do que a carreira. No Brasil, os números mostram que as mulheres já representam metade da população economicamente ativa. Também contabilizam 50% das matrículas da escola básica às universidades. Chefiam uma em cada quatro famílias e aumentam sua participação nos cargos eletivos. Ao mesmo tempo, continuam reinando como donas-de-casa. O paradoxo explica uma das maiores descobertas da pesquisa: a maioria dos homens (57%) acha que os casados são mais felizes do que os solteiros. De outro lado, apenas 44% das mulheres consideram que as casadas são mais felizes do que as solteiras. "O casamento deixou de ser central na vida da mulher", sentencia a socióloga baiana Clara Maria Araújo, uma das coordenadoras do estudo.
Texto Ill (verbete de dicionário)
Sentimento – estado afetivo complexo e duradouro, ligado a certas emoções ou representações.
Dicionário Larrousse

Responda o que se pede e siga as orientações para fazer a sua redação.

a) Qual o assunto central do tema?
( ) relacionamento não correspondido entre pessoas.
( ) relacionamento impossível entre pessoas.
( ) relacionamento entre pessoas visto sob dois aspectos.
( ) relacionamento entre pessoas de idades díspares e suas dificuldades dado o preconceito social.
( ) relacionamento entre pessoas de idades díspares, sob o aspecto do machismo e da subserviência feminina.
b) Crie um objetivo para sua redação a partir da resposta correta do item anterior. Provar que ...
c) Fazer introdução por questionamento. 1ª frase: afirmar que as duas situações são possíveis. 2ª frase: perguntar – motivo de homens/mulheres terem interesse material. 3ª frase: perguntar – motivo de muitas mulheres não estar dando atualmente tanta importância ao casamento (lembre-se que a introdução não deve passar da linha 5).
d) Fazer desenvolvimento 1 (propósito do parágrafo: trabalhar as duas faces -relacionamento por interesse sentimental e material). Siga o esquema.

1. Comece conceituando, no tópico frasal, o termo sentimento, e opondo tal informação à idéia de interesse material. Use o conectivo Apesar de.
2. Apenas informe que o interesse material não deve ser considerado como uma intenção hipócrita.
3. Explique que a razão de os dois sexos observarem um no outro o fator material decorre da busca de segurança, estabilidade, equiparação.
e) Fazer desenvolvimento 2 (propósito do parágrafo: trabalhar um fato novo – mulheres não estão dando tanta importância ao casamento). Siga o esquema.

1. Comece anunciando que as mulheres estão menos preocupadas com o casamento, quanto em outros tempos.
2. Use em forma de citação (duas citações) as duas partes sublinhadas no texto 3 (lembre-se de citar a fonte e colocar as aspas).
3. Explique (ver no texto 3) por que isso tem ocorrido.
Nessa aula trataremos de um tema que diz respeito ao crescimento econômico da população brasileira nos últimos anos.




Tema:
Reflexos do crescimento da classe média no Brasil

Leia o texto de apoio que segue, extraído da página www.ig.com.br.

A classe média brasileira está mais confiante, compra mais e aumentou sua participação na População Economicamente Ativa (PEA) do País. É o que mostra o levantamento "A Nova Classe Média", divulgado nesta terça-feira pelo pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O economista usou dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE para traçar um cenário mais aprofundado da atual classe média e seu desenvolvimento nos últimos seis anos. De acordo com Neri, aumentou de 44,19% para 51,89% a participação da classe média no total da PEA nas seis principais regiões metropolitanas do País.

O pesquisador delimitou as rendas domiciliares totais das classes sociais pesquisadas no levantamento. De acordo com ele, a classe E analisada na pesquisa leva em conta renda domiciliar total entre zero e R$ 768. A classe D, os chamados "remediados", tem renda domiciliar entre R$ 768 e R$ 1.064. A classe C, a chamada classe média, tem renda domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.591, enquanto a chamada elite, ou classes A e B, tem renda acima de R$ 4.591.

De acordo com o pesquisador, um dos principais fatores que contribuíram para o aumento da classe média no total da PEA é a expansão nos empregos com carteira assinada. "A carteira assinada é o grande símbolo da classe média", disse. Outro ponto destacado pelo economista foi uma clara redução nos índices de pobreza e de miséria no período entre 2002 e 2008, já informada pelos institutos de pesquisa, como o próprio IBGE. "Estamos tendo uma boa safra de indicadores sociais nunca antes vista", disse.

Ainda segundo a pesquisa, há atualmente maior probabilidade de alguém pertencente à classe média ascender para camadas mais altas do que há seis anos. Neri comentou, porém, que um dos pontos fracos também delimitados pela pesquisa é a ausência de mão-de-obra qualificada para cargos com maiores salários. "Se antes nós tínhamos uma crise de desemprego, hoje nós temos um apagão de mão-de-obra, em que não há profissionais qualificados", disse.

Para Neri, o aumento na participação da classe média na PEA não se deve a programas assistenciais como o Bolsa Família, por exemplo, e sim à iniciativa privada e à própria vontade das pessoas e seu esforço em conquistar emprego

de carteira assinada. "Na verdade, a nova classe média é aquele segmento do meio que cresceu muito nos últimos anos, é aquele grupo emergente que cresceu a partir do próprio trabalho", afirmou.

Criando uma opinião...
Responda às seguintes questões para formar a sua opinião:
a) A que se deve o crescimento o crescimento da classe média nos últimos anos?
b) Quais as conseqüências desse crescimento?

Estruturando o texto...
Que elementos estruturais você elegeria para estruturar e compor sua redação? (pode ser mais de um, pois, já sabemos, os esquemas de redação trabalhados podem se misturar, conforme o desejo de quem escreve).
( ) causa/conseqüência
( ) posições opostas
( ) relação de fatores
( ) vantagem/desvantagem


Anote o assunto central de cada parágrafo:

Desenvolvimento 1 – assunto:
_______________________________

Desenvolvimento 2 – assunto:
_______________________________

Desenvolvimento 3 (opcional) – assunto:
_______________________________

Que recurso(s) você pretende usar para enriquecer o seu texto?
( ) citação
( ) estatística
( ) conceito
( ) exemplo
( ) comparação
( ) hipótese
( ) pergunta/resposta
( ) oposições
( ) outros

Produzindo o texto...
Com o ponto de vista definido e a estrutura esquematizada, é momento de escrever. Elabore um texto com a seguinte estrutura, de acordo com a opinião a ser defendida:

Introdução – 2 ou 3 frases;
Des 1 – 3, 4, ou 5 frases;
Des 2 – 3, 4 ou 5 frases;
Des 3 – 3, 4 ou 5 frases;
Conclusão – 2 ou 3 frases.

O Brasil apresenta muitos contrastes e injustiças. Essas diferenças envolvem aspectos relativos sobretudo à vida social. O novo governo conseguirá amenizar problemas ligados à distribuição de renda, à educação, à habitação, entre muitos outros?

O quadro social brasileiro é marcado por uma maioria denominada classe média, sofredora, que passa seu tempo em um trabalho contínuo e mal remunerado, visando a sobrevivência. De outra maneira vive uma parcela mínima, quase invisível da população, caracterizada pela alcunha de classe alta. Essa sim pode ser considerada privilegiada, pois a concentração maior da riqueza brasileira lhe pertence.

Educação, saúde, habitação sempre foram entraves para a gestão pública. Milhões de brasileiros sofrem com a baixa qualidade dos dois primeiros, uma vez que são serviços mal prestados. Em relação ao terceiro, há uma verdadeira necessidade de aumentar o número de moradias e facilitar sua compra. Não se pode mencionar a dignidade, a qualidade de vida, quando escolas não cumprem efetivamente seu dever, hospitais oferecem condições desumanas e há uma verdadeira carência de habitação, considerando-se a população como um todo.

Os problemas sociais ganham extensão ponderável, notadamente no Brasil. Diante disso, é possível afirmar que a cada momento eleitoral a população crie expectativas positivas, muitas vezes até mesmo utópicas. Satisfação constitui-se o desejo de todos. Contudo, deve-se ressaltar que o governo enfrentará uma situação difícil e soluções somente surgirão a longo prazo, com trabalho, organização, seriedade.

O governo Lula deverá ter em primeiro lugar uma política, que diz respeito à sociedade, definida e racional. A criação de vagas para emprego ou de outras fontes de renda, a melhoria nos serviços de saúde e de educação, a retomada da reforma previdenciária e tributária, uma justa distribuição de renda com um salário-mínimo digno são alguns fatores que convergem para a justiça social. Por outro lado, é necessário honestidade e combate à corrupção, pois não adianta tomar atitudes que vão beneficiar sobretudo os mais carentes e ao mesmo tempo esbarrar na vergonhosa marca de políticos corruptos.

Portanto, resultados aparecerão à medida que o trabalho da nova administração tiver verdadeira preocupação com o social e não dar margem a processos ilícitos.


Meu país é um país que apresenta muitos contrastes e injustiças. Essas diferenças envolvem aspectos relativos sobre tudo a vida social. O novo governo conseguirá acabar com os problemas ligados à distribuição de renda, educação, habitação, entre muitos outros?

O quadro social brasileiro é marcado por uma maioria denominada classe média, sofredora, que passa seu tempo em um trabalho contínuo e mal remunerado, visando a sua sobrevivência, de outra maneira vive uma parcela mínima, quase invisível da população, caracterizada pela alcunha de classe alta e que pode ser considerada previlegiada, pois a concentração maior da riqueza brasileira lhe pertence.

Educação, saúde, habitação sempre foram uma pedra no sapato da gestão pública. Milhões de brasileiros sofrem com a baixa qualidade dos dois primeiros, uma vez que são serviços mau prestados. Em relação ao terceiro, há uma verdadeira necessidade de aumentar o número de moradias e facilitar sua compra. Não pode-se mencionar a diginidade, a qualidade de vida, onde escolas não cumprem efetivamente seu dever, hospitais oferecem condições desumanas e há uma verdadeira carência de habitação, considerando-se a população como um todo.

Os problemas sociais ganham extensão ponderáveis, notadamente no Brasil e diante disso, é possível afirmar que a cada momento eleitoral os seres humanos criem expectativas positivas que muitas vezes são até mesmo utópicas, porque satisfação constitui-se o desejo de todo e com tudo, deve-se ressaltar que o governo enfrentará uma situação constrangedora.

Sei que o governo Lula deverá ter em primeiro lugar uma política social definida e com os pés no chão. A criação de vagas para emprego ou de outras fontes de renda, a melhoria nos serviços de saúde e de educação, a retomada da reforma previdenciária e tributária, uma justa distribuição de renda com um salário-mínimo digno são alguns fatores que convergem para a justiça social. Por outro lado, é necessário honestidade e combate à corrupção, pois não adianta tomar atitudes que vão beneficiar sobretudo os mais carentes e ao mesmo tempo esbarrar na vergonhosa marca de políticos corruptos.

Portanto resultados aparecerão à medida que o trabalho da nova administração tiver verdadeira preocupação com o social e não dar margem a coisas ilícitas.


Esquemas de desenvolvimento – causa/conseqüência

Causa e conseqüência: esses dois elementos são importantes constituintes de uma redação dissertativo-argumentativa, pois refletem, respectivamente, origem de um fato, problema e seus resultados. Necessária é a verificação de compatibilidade temática para a aplicação do recurso: em muitos temas há a possibilidade de executá-lo, em outros não. Vamos à nossa prática.

Tema: Diploma universitário não é mais garantia de emprego.

Leia os três textos, os dois primeiros foram extraídos da prova do ITA/2005, e busque causas e conseqüências para o fato temático, indicando também saídas para encontrar sucesso após a formação acadêmica.

TEXTO 1
Ilusão Universitária
Houve um tempo em que, ao ser admitido numa faculdade de direito, um jovem via seu futuro praticamente assegurado, como advogado, juiz ou promotor público. A situação, como se sabe, é hoje bastante diversa. Mudaram a universidade, o mercado de trabalho e os estudantes, muitos dos quais inadvertidamente compram a ilusão de que o diploma é condição necessária e suficiente para o sucesso profissional.
A proliferação dos cursos universitários nos anos 90 e 2000 é a um só tempo sintoma e causa dessas mudanças. Um mercado de trabalho cada vez mais exigente passou a cobrar maior titulação dos jovens profissionais. Com isso, aumentou a oferta de cursos e caiu a qualidade. O fenômeno da multiplicação das faculdades e do declínio da qualidade acadêmica foi especialmente intenso no campo do direito. Trata-se, afinal, de uma carreira de prestígio, cujo ensino é barato. Não exige muito mais do que o professor, livros, uma lousa e o cilindro de giz.
Existem hoje 762 cursos jurídicos no país. Em 1993, eles eram 183. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acaba de divulgar a lista das faculdades recomendadas. Das 215 avaliadas, apenas 60 (28%) receberam o “nihil obstat”. A Ordem levou em conta conceitos do provão e os resultados do seu próprio exame de credenciamento de bacharéis.
A verdade é que nenhum país do mundo é constituído apenas por advogados, médicos e engenheiros. Apenas uma elite chega a formar-se nesses cursos. No Brasil, contudo, criou-se a ilusão de que a faculdade abre todas as portas. Assim, alunos sem qualificação acadêmica para seguir essas carreiras pagam para obter diplomas que não lhes serão de grande valia. É mais sensato limitar os cursos e zelar por sua excelência, evitando paliativos como o exame da Ordem, que é hoje absolutamente necessário para proteger o cidadão de advogados incompetentes – o que só confirma as graves deficiências do sistema educacional.
(Folha de S. Paulo, 29/01/2004)

TEXTO 2
A Universidade é só o começo
Na última década, a universidade viveu uma espécie de milagre da multiplicação dos diplomas. O número de graduados cresceu de 225 mil

no final dos anos 80 para 325 mil no levantamento mais recente do Ministério da Educação em 2000. A entrada no mercado de trabalho desse contingente, porém, não vem sendo propriamente triunfal como uma festa de formatura. Engenheiros e educadores, professores e administradores, escritores e sobretudo empresários têm sussurrado uma frase nos ouvidos dessas centenas de milhares de novos graduados: “O diploma está nu”. Passaporte tranqüilo para o emprego na década de 80, o certificado superior vem sendo exigido com cada vez mais vistos.
Considerado um dos principais pensadores da educação no país, o economista Cláudio de Moura Castro sintetiza a relação atual do diploma com o mercado de trabalho em uma frase: “Ele é necessário, mas não suficiente”. O raciocínio é simples. Com o aumento do número de graduados no mercado, quem não tem um certificado já começa em desvantagem. Conselheiro-chefe de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento durante anos, ele compara o sem-diploma a alguém “em um mato sem cachorro no qual os outros usam armas automáticas e você um tacape”.
Mas assim como Moura Castro, Robert Wong defende a idéia de que um motor turbinado não abre automaticamente as portas do mercado. Wong conta que no mesmo dia da entrevista à Folha [Jornal Folha de S. Paulo] trabalhava na seleção de um executivo para uma multinacional na qual um dos principais candidatos não tinha experiência acadêmica. “É um self-made man.” Brasileiro nascido na China, Wong observa que é em países como esses, chamados “em desenvolvimento”, que existem mais condições hoje para o sucesso de profissionais como esses, de perfil empreendedor. (...)
(Cassiano Elek Machado. A universidade é só o começo. Folha de S. Paulo, 27/07/2002)

Texto 3

Empreendedorismo 1. propor-se, tentar. 2. Pôr em execução. Mini Aurélio

1. Marque (1) para causa e (2) para conseqüência em relação à afirmação temática “Diploma universitário não é mais garantia de emprego”.
( ) Substituição da área em que se formou por uma área em que haja emprego.
( ) A proliferação de várias instituições de nível superior, que não têm um sistema de seleção e avaliação sério, ocasionando o inchaço no mercado de trabalho de alunos formados, mas sem a devida capacitação.
( ) A falta, por parte do formado, de empreender.
( ) Formação sem a qualificação devida evidenciando um profissional despreparado,
( ) Mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

2. Marque nos itens seguintes o(s) que você observaria como saída para conseguir sucesso, após formado, no mercado de trabalho.

( ) A realização de cursos paralelos e posteriores à graduação que completam a formação profissional.
( ) A falta de vocação para a área que escolheu.
( ) A capacidade de encontrar soluções para problemas ou objetivos de empresas diversas.
( ) A inércia profissional.
( ) O espírito de união, de grupo, em um segmento empresarial.
( ) Ser um sujeito empreendedor.

Questões sobre a produção do texto
Introdução

3. A esta altura o aluno já deve ter domínio da estrutura da introdução compatível com um texto dissertativo de 30 linhas. Qual é então a melhor forma de estruturá-la?

( ) Quatro ou cinco frases, usando metáforas e exemplos.
( ) Duas ou três frases, indicando aspectos minuciosos relacionados aos argumentos temáticos.
( ) Quatro a seis frases, optando imediatamente por falar de forma específica do primeiro argumento.
( ) Duas ou três frases, tratando o tema de forma objetiva, sem trabalhar particularmente os argumentos.
( ) Duas ou três frases, usando metáforas e exemplos.

Veja a introdução abaixo para o tema em questão:

Há algumas décadas, a formação universitária imputava respeito e representava emprego e boa remuneração. Hoje vários fatores a relegaram para um estado de incerteza no futuro de um formando. Quais as causas e conseqüências desse fato?

4. A introdução produzida contém ___________ frases e está assim estruturada:
( ) A apresentação de fatores que tiraram com o tempo o status do diploma universitário.
( ) Unicamente a apresentação de perguntas que dirigem o leitor a buscar causas e conseqüências de um problema.
( ) A apresentação de dados estatísticos seguidos de uma pergunta ligada a causa e efeito.
( ) A presença da explicação para o fato do diploma universitário ter perdido com o tempo o status, seguida de uma pergunta que indica casa/efeito.
( ) Duas afirmações introduzidas por elementos temporais e a inclusão de uma pergunta indicando ao leitor o que será tratado.

Desenvolvimento 1
Causas

Pelo esquema que estamos seguindo, esse parágrafo está destinado a desenvolver as causas do problema temático. O ideal é relacionar 2 ou 3 causas para então fazer a discussão. Vamos buscar na questão 5 duas causas importantes:


Por que diploma universitário não é mais certeza de emprego e boa remuneração?

1ª causa: a proliferação de várias instituições de nível superior, que não têm um sistema de seleção e avaliação sério, ocasionando o inchaço no mercado de trabalho de alunos formados, mas sem a devida capacitação.

2ª causa: a falta, por parte do formado, de empreender.
Veja então o parágrafo conforme o esquema:

1. frase que apresenta a primeira causa.
2. frase que comenta (ponto de vista do autor) a primeira causa.
3. frase que apresenta a segunda causa.
4. frase que comenta (ponto de vista do autor) a segunda causa.

Parágrafo:

Uma das causas é o aumento de instituições de nível superior que não oferecem formação adequada. Parece paradoxal, porém nota-se que muitos formandos quando são avaliados em concursos ou testes de categoria não alcançam o aproveitamento esperado. Outra causa: a falta de característica empreendedora.Na atual conjuntura, é necessário ser um profissional atuante, que busque novos horizontes na área que ocupa.


Desenvolvimento 2
Conseqüências


Neste parágrafo, conforme o esquema de redação, desenvolveremos conseqüências. Vejamos as duas abaixo:

1ª Formação sem a qualificação devida evidenciando um profissional despreparado,

2ª Substituição da área em que se formou por uma área em que haja emprego.

Esquema:

1. Apresentação da 1ª conseqüência.
2. Comentário da 1ª conseqüência.
3. Apresentação da 2ª conseqüência.
4. Comentário da 2ª conseqüência.

Parágrafo:

A partir das causas, observa-se como conseqüência um grande número de recém-formados sem a qualificação devida. Isso reflete na vida profissional, uma vez que a prestação de seus serviços não terá o resultado desejado. Uma segunda conseqüência é o desvio de área de atuação. O inchaço no mercado de trabalho conduz o indivíduo a buscar, muitas vezes, sustento em áreas não afins à que se formou.

Conclusão

Na conclusão, para a redação com o esquema causa/conseqüência, você pode mostrar sugestão/solução. Vamos utilizar respostas da questão 6.

Neste momento, apenas possuir diploma não garante emprego e remuneração justa. Importante é a agregar conhecimento oriundo de cursos de especialização na área e ter como característica um espírito empreendedor. Isso pode significar muito em um mercado tão competitivo.


A produção da Conclusão
Conclusão – esse parágrafo deve ser curto e objetivo, assim como a introdução. Ele tem a finalidade de reunir os pontos discutidos, oferecendo sugestões ou confirmando a tese tratada no desenvolvimento, agora em tom conclusivo.
Importante salientar uma quantidade média de linhas para cada parágrafo, podendo conter pequenas variações para menor ou maior (uma linha a mais ou a menos):
Int - da linha 3 a 5. Int – da linha 3 a 4.
Des 1 – 6, 7, 8 linhas Des 1 – 5, 6, 7 linhas
Des 2 - 6, 7, 8 linhas Des 2 – 5, 6, 7 linhas
Conclusão – 3 a 5 linhas Des 3 – 5, 6, 7 linhas

Conclusão - 3 a 4 linhas.
Tema para redação:
A sabedoria que se adquire com as experiências vividas e o aprendizado que ocorre com as leituras nada têm em comum.

Há uma relação entre o que se aprende com a leitura e a prática de vida. Considera-se a primeira o conhecimento teórico, baseado em argumentos e opiniões de pessoas que pesquisam, enquanto a segunda é a constatação dos fatos através da própria experiência de vida.
A leitura, durante muitos momentos, torna-se essencial para pessoas que sentem a necessidade de crescimento intelectual. Esta abre novos horizontes uma vez que aproxima o leitor de um mundo desconhecido, deixando-o a par de seus interesses e informações. O conhecimento por meio da leitura também exerce o poder de formar opinião, num movimento de concordância ou discordância. Nesse sentido, ao lermos, interagimos com o pensamento de outrem, obtendo portanto mais informações e formando um novo conceito.
As experiências de vida também nos ensinam. Uma criança aprende que ao lidar com a eletricidade corre o risco de sentir dor depois do primeiro choque. Um pescador que nunca freqüentou escola ou universidade entende por meio da observação do movimento lunar quando a maré estará baixa ou alta. Da mesma maneira, um sertanejo pressente se haverá seca longa ou se a chuva está próxima. Em todos os exemplos existe a possibilidade de afirmar que o conhecimento prático mantém uma relação com o que aprendemos em livros, revistas, artigos, entre tantos outros.
Ambos os seguimentos estão ligados no que diz respeito ao universo que exploram, não às formas como atuam. É certo que aprendemos e formamos opinião quando lemos um texto, por exemplo, sobre níveis de personalidade. Chegará o momento em que verificaremos na prática, ao lidar

com pessoas de diferentes personalidades, a concretização do conteúdo lido. O contrário também pode ocorrer, ou seja,

observarmos um fato, aprendermos com ele e verificarmos numa posterior leitura aquilo que foi retratado.
Portanto, não se deve dissociar a prática da leitura, pois em ambas existe um fator ponderável: o saber se constrói a partir da observação do mundo, seja através de um artifício mais elaborado como a leitura, seja através de nossas experiências de vida.
Temas para exercício
Por que as pessoas mentem pela internet?
Pesquisa realizada pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, revelou que 81% das pessoas que utilizam sites de relacionamento na internet mentem para aqueles com quem se comunicam. Peso, idade, altura, aparência são alguns dos elementos da identidade pessoal que são alterados nas declarações dos internautas a seus parceiros de chat. Quais os motivos dessa atitude? Trata-se apenas da vontade de impressionar o outro? Ou haverá um motivo mais profundo: a insatisfação consigo mesmo?
Texto 1
Um indivíduo isolado envia mensagens solitárias e busca o amor por meio de imagens virtuais. Ele se realiza em casa, protegido, à distância, e corre o risco de se decepcionar, quando, e se, um encontro real vier a ser marcado. Estamos no século do amor via internet com pessoas namorando virtualmente sem o calor dos corpos que se entregam. Mas, afinal, que tipo de relação se estabelece via computador? Existe vínculo? Se houver traição virtual, como fica o relacionamento entre os namorados? Basta se desconectar para pôr fim a um envolvimento emocional.
Texto 2
Segundo o filósofo francês Jean-Paul Sartre, "o ser humano possui uma atração doentia pela verdade". Sartre considera que o desejo da verdade aparece muito cedo nos seres humanos e se manifesta como vontade de confiar nas coisas e nas pessoas, isto é, de acreditar que as coisas são exatamente como o indivíduo as percebe e o que as pessoas lhe dizem é digno de confiança e crédito.
Redação sobre o tema
ESTAMOS NOS ESCONDENDO?
Falar bem, sorrir, calar, vestir-se, gesticular e, por que não, mentir. Tudo faz parte do modo de vida de um ser bastante peculiar, o homem. No aconchego de seu lar, sentado, bem acomodado, o homem relaciona-se com quem quiser, da maneira que acha adequada. E nem precisa mostrar o rosto, falar o próprio nome, dizer onde mora. Parece incrível, mas este tipo de relacionamento "as escuras", não é mero modismo; mostra muito mais uma tendência que veio para ficar do que mero vicio de usuários da Internet. Quem diria que uma invencao criada para uso militar, e em plena "guerra fria", causaria tantas mudancas e, sobretudo, conseguiria alterar nossa forma mais particular de interacao com o Mundo: o relacionamento humano?

Há, de um lado, aqueles que se utilizam das facilidades proporciondas pela Internet como entretenimento, como forma de diversão; não estão ali teclando e gastando tempo apenas para se esconderem, mentirem ou, pior, com mas intenções. Buscam muito mais uma forma abrangente de relacionamento que, desejam, termine em encontros reais, ao vivo. Para estes, a forma mais simples de conhecer alguém não é mais em um bar, em um restaurante, cinemas, festas; hoje, bastam alguns poucos momentos para saber se valera a pena conhecer o amigo "virtual". Se não, um simples comando ao computador evita toda uma serie de transtornos.

Por outro lado, ha os insatisfeitos, aqueles que, na convivência do dia-dia, não conseguem se relacionar de maneira adequada; acreditam menos em si mesmos do que na opinião de quem os vêem. Preferem o mito; acham normal mentir para agradar. Assim, a Internet torna-se um escape, um ponto no imaginário onde quem comanda é ele; um lugar onde tudo pode ser feito.

As antigas cartas de namorados agora são substituídas pelo email; as trocas de beijos são ouvidas como meros estalos nas caixas de som; as flores são figuras digitais. Acreditam que estas são as formas mais adequadas de interatividade. Mentir é sua realidade.

A primeira forma de relacionamento é mera extensão da comunicação humana. O "mundo virtual" eh visto como ferramenta, como facilitador do conhecimento. Mentir nao eh uma opcao que traga beneficios. Para pais e educadores, esta forma trás vantagens e desvantagens: por um lado, aumenta mais a seguranca ja que agora o jovem nao precisa passar noites fora de casa, e descarta quem acha que nao lhes seja interessante; por outro, podem ser facilmente suscetiveis aos mal-intencionados; aqueles que, com boa conversa, conseguem iludir. Os que estão no segundo grupo situam-se em uma zona de perigo. Ao perder o contato com a realidade, o individuo deixa de saber como se relacionar, como aceitar críticas; acaba por não conhecer os trejeitos, os detalhes da interação humana; são facilmente suscetíveis a magoas, desapontamentos.

Educados desde cedo, homens e mulheres devem ser encorajados a relacionarem-se de maneira adequada. Bem ou mal, desapontamentos, mágoas, tristezas, tudo faz parte de nosso modo de vida. A Internet deve ser entendida como facilitador, não meio único de comunicação ou, pior ainda, como instrumento real de relacionamento.
Comentário geral
A redação demonstra domínio da norma culta da língua escrita e clareza na escolha e na organização dos argumentos. Embora a introdução seja redundante, o texto está bem articulado, desenvolvendo o tema de forma lógica e coerente e apresentando, por fim, uma proposta de solução para o problema.
Aspectos pontuais
1) Observe, no primeiro parágrafo, como o texto discorre sobre generalidades, sem introduzir o tema diretamente. Seria mais interessante apresentar o assunto de forma objetiva, apenas situando o leitor naquilo de que se vai tratar.

2) Um ponto forte da redação é a forma articulada como os argumentos são desenvolvidos. Observe. O estudante primeiro descreve duas formas principais de relacionamento na internet: como mero entretenimento ou como fuga da realidade. Em seguida, comenta as conseqüências de cada uma delas. Destaca, então, que a primeira forma de relacionamento é mera extensão da comunicação humana e não oferece perigo, enquanto a segunda é potencialmente perigosa por fazer o usuário perder o contato com a realidade.

3) No quarto parágrafo, a grafia correta do verbo "trazer" na terceira pessoa é "traz". "Trás" significa "parte traseira" e é palavra usada nas locuções "de trás" e "por trás".
Tema para produção de Texto
O turismo pode acelerar o progresso de uma região, cidade, estado ou país?
Modelo de Introdução (idéia ligada ao tema + pergunta)
O turismo vem se transformando há algumas décadas em um elemento de grande importância econômica. Dessa maneira, o que governantes e população devem fazer para conquistar o turista e torná-lo um agente que ao mesmo tempo goze do bem-estar e gere desenvolvimento para o lugar? Modelo de Introdução (idéia ligada ao tema + opinião)
O turismo vem se transformando há algumas décadas em um elemento de grande importância econômica. Nesse sentido, governantes e população devem implementar ações que atraiam e ofereçam bem-estar ao turista, agente essencial no assunto.


Tema para produção de redação dissertativo-argumentativa:

Quais as condições necessárias para se atingir o sucesso profissional?

Não há como negar que o mercado de trabalho torna-se cada vez mais competitivo. Por outro lado, recentemente, as empresas têm revelado precisar de trabalhadores com qualificações específicas, de nível técnico ou superior, que estão em falta no país. Além disso, existem vários outros fatores que podem interferir na escolha de uma profissão ou na obtenção de um bom emprego. Sorte, vocação, talento, boa formação escolar, estar atento à demanda e às circunstâncias do momento. Quais as condições necessárias para se atingir o sucesso profissional?

Texto I

Educação de qualidade
É indiscutível que uma grande parcela da garantia de sucesso do processo educacional está na sala de aula, nas mãos do professor. O professor Zeferino Vaz, quando criou a Unicamp, em precárias instalações que tinham sido uma propriedade rural, disse que uma universidade se faz primeiro com cérebros, depois com cérebros, depois com cérebros, depois com bibliotecas e laboratórios e somente depois com prédios. Sem dúvida nenhuma, se oferecermos tudo o que se refere a equipamentos e condições de trabalho para que uma escola funcione, mas colocarmos ali professores mal formados, não teremos uma educação de qualidade. Enquanto o inverso pode até acontecer: uma educação razoável, apesar de condições materiais desfavoráveis.
(Lucília Helena do Carmo Garcez, prof. dra. em lingüística aplicada, aposentada da Universidade de Brasília, escritora, consultora do MEC. - TVE Brasil)

Texto II
Talento, vocação e mercado de trabalho
A vocação permite dar sentido de unidade ao exercício de um ou vários talentos, próprios ou alheios. O talento, por sua vez, é a estabilização da capacidade para fazer bem alguma coisa. O "mercado de trabalho" se abre a esta ou àquela pessoa não em virtude de sua vocação, mas do seu talento, pois este é algo atual e útil e não potencial, como a vocação. A realização profissional resulta de que o talento seja o prosseguimento harmônico, cultural, da vocação.
(Joel Nunes dos Santos, psicólogo e orientador profissional, "Programa de Orientação Profissional", Universidade - Rio de Janeiro)

Texto III
Mercado imobiliário em alta
André Ming Bordokan, 25, não tinha o sonho de ser engenheiro civil quando foi aprovado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Na escolha da especialização entre as engenharias, no fim do segundo ano, sua preferência era por mecânica, mas, pelas notas no ranking dos alunos, ficou com a segunda opção. Hoje, no quinto ano do curso, comemora o fato de o mercado aquecido cimentar a carreira.
"No início da faculdade, civil era uma área muito desvalorizada. Metade da turma ia trabalhar em banco. Agora, temos mais trabalho", lembra Bordokan, que divide o curso com o estágio na construtora Gafisa. Segundo analistas de mercado, a retomada da engenharia civil -após forte decaída nas décadas passadas- se dá sobretudo pelas perspectivas de investimento em infra-estrutura com o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e o crescimento do crédito imobiliário.

(Folha de S. Paulo, 2 de dezembro de 2007)

Redações sobre o tema

Redação 1

A alma do negócio

Sucesso profissional não é sinônimo de sucesso financeiro. O último pode surgir como conseqüência do primeiro, todavia o que realmente caracteriza um empreendimento vitorioso é a realização pessoal, obtida unicamente mediante algumas qualificações, das quais o mercado de trabalho utiliza para distinguir protagonistas e coadjuvantes em seu espetáculo.

Primeiramente, competência. Sem ela, o indivíduo, incapaz de suprir todas as árduas exigências que lhe são impostas, acaba engolido pela concorrência, tornando-se mera estatística de desemprego. Nesse aspecto o estudo passa a ser crucial, não por garantir o êxito profissional, mas por inegavelmente representar um domínio, teórico ao menos, sobre ramos específicos. Basta tomar para exemplo os países desenvolvidos, onde em média o grau de escolaridade é de oito anos, ao passo que nos periféricos não ultrapassa os quatro anos.

Versatilidade também é fundamental. Estar atento às demandas do mercado e saber inovar diante delas são méritos raramente encontrados que, vistos pelos olhos do capitalismo, valorizam-se significativamente. Dogmas da lei da oferta e da procura.

Uma dose de determinação completa a "receita" do sucesso. Ela é o motor que impulsiona o ser humano a superar todas as adversidades, impedindo-o de recorrer à resignação quando suas aspirações parecem impossíveis e o mundo torna-se um campo de batalha.

Portanto, a chave para a carreira de sucesso está na mente, após um caminho que passa pela aprendizagem escolar, define metas, ganha confiança, disciplina e termina no empreendedorismo.

Comentário geral

A dissertação está bem focada no tema do sucesso profissional, como solicitava a proposta. O estudante apresenta um texto claro e bem organizado, em que a argumentação obedece a uma lógica interna. No entanto, não é certo que os quesitos mencionados para uma carreira de sucesso (competência, boa formação, versatilidade e determinação) estejam necessariamente relacionados à realização pessoal.

Aspectos pontuais

1) No primeiro parágrafo, o trecho assinalado em vermelho precisa ser reescrito, pois está confuso e tem uma sintaxe problemática. Uma sugestão para deixar o texto respirar seria dividi-lo em períodos mais curtos. Observe: "O último pode surgir como conseqüência do primeiro. Todavia o que realmente caracteriza um empreendimento vitorioso é a realização pessoal. Para atingi-la, são necessárias algumas qualificações. O mercado de trabalho se utiliza delas para distinguir protagonistas e coadjuvantes."

2) Procure evitar frases soltas, como no início do segundo parágrafo: "Primeiramente, competência."

3) O trecho assinalado no quarto parágrafo ("impedindo-o de recorrer à resignação quando suas aspirações parecem impossíveis e o mundo torna-se um campo de batalha") apresenta uma linguagem um tanto quanto pomposa. O texto ficaria mais fluente se a linguagem fosse mais simples e direta.

Redação 2

Desafio Profissional

Para se atingir o sucesso profissional, tem que estar bem preparado, ter uma boa formação escolar, ter talento e coragem para superar os obstáculos que vem pela frente e se dedicar ao máximo na profissão.A felicidade na vida profissional ocorre quando o talento nela empregado é harmônico com a vocação. O mercado de trabalho assimila o profissional não por causa de sua vocação, mas sim por causa de seu talento. A vocação é algo potencial no sujeito, tanto que ele pode negá-la; o talento por outro lado, é algo atual, é o "produto final" do exercício que impôs e definiu a forma de atuação de sua inteligência. Com o aumento das cidades, fez com que o setor imobiliário crescesse, tanto que alguns anos átras, os engenheiros civis e arquitetos não era tão valorizados como hoje, isso acontece por causa do desenvolvimento econômico e principalmente com a aplicação do crédito imobiliário. O setor é um dos que mais impulsiona a economia do país, pela capacidade de gerar empregos. A má qualidade da educação vem afetando o desenvolvimento dos estudantes. Entre as causas do problema estão a falta de qualidade das escolas, professores mal preparados e mal remunerados. A alternativa para reverter a situação é investir na qualificação dos professores. Assim, para sentir-se realizado na profissão, tem que buscar conhecimento e estudar, sendo assim escolha a vocação que mais se relaciona e se entregue de corpo e alma.

Comentário geral
Um único parágrafo contém um texto sem personalidade e preso às idéias expostas nos textos de apoio e na proposta de redação. Sem desenvolver argumentos próprios e sem estabelecer uma conexão entre as idéias, a redação se torna circular, voltando sempre ao ponto de partida: é preciso estar bem preparado para atingir o sucesso profissional.
Aspectos pontuais
1) As três primeiras afirmações do texto, assinaladas em vermelho, dão uma boa dimensão da falta de conexão entre as idéias apresentadas. São três afirmações independentes, sem nenhum conectivo.

2) A divisão em parágrafos faz parte de qualquer texto dissertativo. O parágrafo é uma "divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do texto". (Dicionário Houaiss) A ausência de parágrafos no texto mostra como as idéias estão soltas, sem conexão entre si.

3) O segundo trecho assinalado em vermelho está confuso e tem erros crassos ("átras" no lugar de "atrás"). Uma sugestão para melhorá-lo seria:

"O aumento das cidades fez o setor imobiliário crescer muito. O setor é um dos que mais impulsiona a economia do país, pela capacidade de gerar empregos. Por isso, hoje, os engenheiros civis e arquitetos são mais valorizados do que há alguns anos. Isso acontece devido ao crescimento econômico e, principalmente, à ampliação do crédito imobiliário."


Aula de Redação

Conteúdo: interpretação de tema, criação de ponto de vista, estruturação e produção de texto com uso de recursos.

Tema:
Cigarro: proibição em bares e restaurantes.

Texto I
Serra assina projeto de lei que proíbe fumar em bares e restaurantes de SP

O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), assinou nesta quinta-feira um projeto de lei que proíbe completamente o fumo em ambientes de uso coletivo, sejam públicos ou privados. A medida inclui bares, restaurantes, boates, hotéis e áreas comuns de condomínios.
Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta sexta-feira, a proposta é apontada pela Secretaria Estadual da Saúde como "a mais dura legislação contra o tabaco já lançada na história de São Paulo". O projeto foi apresentado nesta quinta-feira em evento no Instituto do Câncer de São Paulo "Octavio Frias de Oliveira".
DEH OLIVEIRA
Colaboração para a Folha Online

Texto II
O principal argumento de ataque ao cigarro é a defesa da saúde pública:
- O cigarro matou mais no século 20 que todas as guerras somadas: foram 100 milhões de vítimas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
- O fumo mata 3,5 milhões de pessoas no mundo ao ano, número superior à soma das mortes provocadas pelo vírus da Aids, pelos acidentes de trânsito, pelo consumo de álcool, cocaína e heroína e pelo suicídio.
- No Brasil, todo ano, morrem 80 mil pessoas de doenças relacionadas ao fumo, quase o dobro das vítimas de homicídio no país.
- O cigarro é o maior causador de mortes evitáveis na história da humanidade.
Folha Online
Texto III
Em jantar na casa de amigos, no sábado à noite, o assunto dominante, mais uma vez, foi o cigarro, maldito vício que adquiri com 12 anos e, depois de muitas tentativas frustradas de parar, ainda tenho. Somos os fumantes cada vez mais minoritários, incômodos e segregados, em qualquer ambiente. Confinados a varandas ou áreas de serviço, até nas nossas próprias casas, sabemos que estamos errados.
Onde quer que vá, as pessoas me falam que tenho de parar de fumar. Filhas e netas fazem uma campanha implacável. Todo dia acordo pensando nisso, até acender o primeiro cigarro.
Já li milhares de textos sobre os males e os inconvenientes do cigarro, Sei de tudo isso. Mas, hoje de

manhã, fiquei particularmente tocado ao ler o belíssimo artigo mensal de Antonio Ermírio de Moraes publicado na página 2 da “Folha” com o título “Fumo: até quando?”.
O gancho para o artigo deste domingo é o projeto de lei enviado pelo governador José Serra à Assembléia Legislativa, proibindo de vez o fumo em lugares fechados, públicos ou privados, e prevendo até a prisão de quem insistir em acender um cigarro.
“Acho que ele está certo. Afinal, as pessoas têm todo o direito de fumar, mas não têm o direito de fazer adoecer quem não fuma e, ainda por cima, fazer a sociedade financiar o seu vício”, escreveu o empresário.
Também acho que o governador está certo, mas já escrevi aqui no iG que, como se trata de um sério problema de saúde pública, talvez fosse melhor contratar mais médicos e oferecer tratamentos gratuitos para as pessoas pararem de fumar, em vez de chamar a polícia.
Na mesma edição do jornal, que dedica quase um caderno inteiro ao assunto, uma pesquisa Datafolha informa que 81% dos brasileiros apóiam o projeto de Serra e 77% condenam o presidente Lula por ter defendido, em recente entrevista no Palácio do Planalto, que seja permitido fumar em qualquer lugar.
www.ig.com.br
Texto IV
A maior parte dos brasileiros não gostou das declarações dadas há duas semanas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito do cigarro, mostra a pesquisa realizada pelo Datafolha na semana passada.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, enquanto fumava uma cigarrilha, Lula declarou que defende "o uso do fumo em qualquer lugar".
Das pessoas entrevistadas em todo o país, 77% disseram que discordam da declaração do presidente. O mesmo percentual afirmou que Lula "agiu mal" ao defender que se fume em qualquer lugar, incluindo ambientes fechados.
Questionado especificamente sobre o fumo no Palácio do Planalto, o presidente Lula respondeu que, pelo menos no gabinete, a decisão cabe a ele. "Eu, se for na sua sala, certamente não fumarei, porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando."
A defesa do cigarro feita por Lula foi imediatamente criticada por entidades médicas. Para elas, a opinião do presidente pode atrapalhar as políticas de combate ao tabagismo realizadas pelo próprio governo.
Para a médica Analice Gigliotti, presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas), o presidente Lula deveria pedir desculpas ao país "pela forma inadequada de se expressar".
Entre os "avanços na prática", Analice lembra que foi com Lula que o Brasil tornou mais fortes as imagens de advertência nos maços de cigarro e assinou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um acordo internacional por meio do qual os países buscam reduzir o consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco.
Neste momento, a Casa Civil da Presidência da República tem um projeto de lei que determina a extinção dos fumódromos. O projeto é do Ministério da Saúde e, logo após a análise da Casa Civil, será enviado ao Congresso Nacional.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os fumódromos dão a falsa sensação de proteção para quem está do lado de fora. A fumaça do cigarro é danosa à saúde em qualquer quantidade inalada.
Na entrevista em que deu a polêmica declaração, Lula também fez comentários sobre esse projeto: "A idéia do Ministério da Saúde é a proibição do fumo em todos os lugares fechados. Eu mando o projeto para o Congresso e não voto".
RICARDO WESTIN
Folha de S.Paulo

A interpretação do tema

1. Julgue os itens, marcando V ou F.

00 O texto I é apenas informativo, não argumenta favorável ou contrariamente em relação ao uso do cigarro.
11 Lula defende uma idéia que, na prática, é contestada pela maioria dos brasileiros.
22 A argumentação de Lula está de acordo com as idéias presentes no texto II.
33 Antonio Ermírio de Moraes (texto III) concorda com o exercício do direito de fumar, discordando da medida de Serra.
44 O texto III é concluído com dados estatísticos, demonstrando formas opostas de observar o assunto.

2. Sobre o tema, marque a única correta.

( ) O tema trata especificamente do fumo e os impostos cobrados pelo governo.
( ) O tema trata especificamente dos males que o cigarro provoca à saúde humana, sobretudo o câncer de pulmão.
( ) O tema está ligado ao uso do cigarro em ambientes fechados e abertos e suas conseqüências negativas à saúde humana.
( ) O tema está ligado ao uso do cigarro em lugares específicos, indicando o perigo à saúde humana.
( ) O tema está ligado ao uso do cigarro em lugares específicos, abrindo discussão sobre concordância ou discordância.

Criação de um ponto de vista

1.É indiscutível que o cigarro causa doenças tanto para o fumante quanto para pessoas que estão próximas e inalam a fumaça. O tema, apesar disso, provoca a discussão sobre o direito de fumar em determinados lugares. Você concorda ou discorda da atitude de proibir definitivamente fumar em lugares como hotéis, restaurantes, áreas comuns de condomínios?
( ) concordo ( ) discordo

2. Escreva um argumento(ou mais) que defenda(m) sua opinião.
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Elaboração de idéias dos parágrafos de desenvolvimento a partir de opinião

A terceira etapa relacionada à produção de um bom texto é justamente a criação e a distribuição de idéias no desenvolvimento, no sentido de atingir a conclusão. Podemos aplicar os recursos vistos em aulas anteriores – vantagem/desvantagem, causa/conseqüência, relação de fatores, posições opostas – como forma de estruturação do texto.

Abaixo são dadas sugestões de idéias ligadas ao tema e aos textos de apoio. Leia-as atentamente e, a partir do seu ponto de vista, indique o(s) assunto(s) dos parágrafos de desenvolvimento:

- Males que o cigarro causa à saúde humana.
- O direito de fumar separadamente em lugares apropriados.
- A proibição de fumar em lugares fechados no estado de São Paulo.
- O argumento do presidente Lula.
- Apoio a Serra comprovado em dado estatístico.
- posição da OMS em relação a fumódromos.
- O argumento de Ermírio.
- Dados negativos ao fumo.
- Campanhas de combate ao tabagismo.
- Apoio médico no combate ao ato de fumar.

Você, logicamente, pode ter outras idéias para colocar como assunto em seus parágrafos de desenvolvimento. Sinta-se à vontade para usá-las.
Assim, quais são os assuntos que você trabalhará?

Desenvolvimento 1
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Desenvolvimento 2
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Desenvolvimento 3
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Debate extraído da Internet sobre a “Lei seca”
Délio, o que acontece com o corpo da pessoa quando ela bebe?
O álcool, essencialmente, deprime o sistema nervoso central. Isso pode levar a um retardo dos reflexos. Em determinados níveis e pessoas pode causar um total descontrole, agressividade ou falta de coordenação, tanto psicológica quanto física. Mas isso varia, dependendo do ponto de vista de tolerância individual, do tempo de ingestão, capacidade da pessoa de metabolizar. Ele também tem efeitos sobre o sistema nervoso central. A pessoa que tem o hábito de beber vai destruindo os próprios neurônios. Tem uma brincadeira que fala isso: quem bebe demais, fica burro.

Qual é o tempo de permanência do álcool no organismo?
Depende. Vai beber quanto? Que tipo de bebida? Como está seu estômago? Você comeu bem? Depende até do sexo. O nível de metabolização do homem é 10% mais eficiente que o da mulher. Outra coisa é a tolerância. Mas imaginemos: Você toma três doses de uísque, uma atrás da outra, com o estômago vazio, entre 30 minutos e uma hora você estará com o nível de álcool no sangue em torno de 0,10 g/l ou mais. Depois, o nível cai, em média, em torno de 0,1g/l a 0,2 g/l por hora. Ou seja, leva-se de seis a 12 horas para eliminar todo o álcool.

Daniel, desde que a Lei entrou em vigor, quais foram as mudanças sentidas no seu bar?
Na primeira semana eu nem senti tanto porque, como não tinha o calor da imprensa divulgando, o movimento do bar foi normal. A partir do momento que a imprensa começou a divulgar, nosso movimento caiu 30%.

Depois dessa divulgação você viu alguém que foi lá, bebeu muito e saiu dirigindo? Qual sua opinião sobre isso?
Se eu falar que não, é mentira. Assim como eu vi muitos que sempre beberam e deixaram de beber por conta da nova lei. Beber e sair dirigindo está errado. A gente sabe que isso traz prejuízos à sociedade, que essa pessoa pode sair e chegar em casa sem acontecer nada, assim como pode acontecer alguma coisa no caminho. Nós sabemos de casos, do nosso e de outros estabelecimentos, de pessoas que beberam acima do permitido pela lei e pelo bom senso e acabaram causando prejuízos à sociedade.

Avelino, quais foram as mudanças sentidas pelos taxistas?
Houve um aquecimento nas corridas. Uma demanda de 20%. Muitas pessoas que costumavam andar em carros particulares estão pegando táxi. Além de tudo, o táxi dá uma segurança. Os taxistas que prestam serviço em Belo Horizonte são capacitados e a melhor frota da América Latina está aqui. Há um rigor muito grande da BHTrans na vistoria. Com certeza, quem ganha nessa situação, mais do que o taxista, é a sociedade.



Luis Claudio é verdade que o cidadão pode se negar a fazer o teste do bafômetro?
Existe uma discussão jurídica a respeito disso. De um lado, há aqueles que consideram a habilitação de trânsito uma permissão concedida pelo estado e não um direito do cidadão. Em decorrência disso ele estaria sujeito a essas regras, sem poder se recusar a se submeter a exames. De outro lado, há aqueles que são constitucionalistas e levam em consideração a questão de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A partir do momento que é um preceito de índole criminal, essa pessoa poderia se recusar, sem que houvesse uma suposição da prática do delito.

Se o caso for parar na justiça o policial vira testemunha?
O policial deve encaminhar o motorista ao órgão, onde ele deve se submeter a outro exame, de sangue ou até exame clínico de embriaguez.

O que você acredita estar errado na lei?
A questão da constitucionalidade. A Constituição, como norma central de tudo, estabelece direitos do cidadão no sentido de proteger a sociedade no que se refere a uma segurança jurídica. Qualquer legislação chamada de tolerância zero pode ser um passo para a volta de legislações que impeçam o cidadão de pronunciar sua defesa. Na Inglaterra, é permitido matar suspeitos de terrorismo, ou seja, o medo do acidente fica tão grande que você passa a adotar a política da tolerância zero, permitindo que possa haver injustiça. Não somos contrários ao objetivo central da lei: evitar acidentes. Punir aquele que exagera no uso da bebida alcoólica e põe em risco a vida das pessoas. Mas qualquer medida extremada me preocupa. Não quero fazer tribuna aqui, mas e a estrada toda esburacada? Nós vamos prender os políticos? Estrada cheia de buraco também mata. Um político irresponsável pode matar.

Então, qual seria a opção?
Resolver a questão da impunidade. Eu, como advogado, já defendi famílias que foram vitimadas por acidente de trânsito e sem embriaguez. O carro pula uma pista e pega alguém. Por quê? Às vezes, o camarada dormiu mal. Outra causa de acidente é a imprudência. Agora, se eu estou em um bar, excedo no uso de álcool, um colega meu me avisa e ainda assim eu saio dirigindo, eu assumi o risco de matar alguém. Eu tenho que responder por homicídio doloso (com intenção). Isso dá de 12 a 30 anos de cadeia. Mas as indenizações por dano moral dos vitimados e pessoas que perdem membros do corpo ou parentes são baixas demais. Isso tem como efeito, especialmente sobre a geração mais nova, não haver a consciência da gravidade do ato de beber e dirigir. A tolerância zero, com supostas argüições de inconstitucionalidade, pode fazer o que é mais terrível para a Justiça: uma lei que não pega.

Onde entra o papel de ser cidadão ao saber de uma nova lei? Não deveríamos agir por cidadania?
Eu, por exemplo, saí ontem, dirigindo meu carro, e não bebi. É lógico que duralex sed lex. A gente tem que respeitar a lei, essa é a minha visão.

Paulo, qual é a opinião da Abrasel sobre a Lei Seca?
Nada mudou depois que a lei mudou. Só que agora, por pressão da imprensa, o poder público começou a exercer o que já existia e era mais do que suficiente para resolver todos os problemas falados aqui. Aumentar o uso do táxi, porque já era proibida a direção em certos níveis. A lei estava dentro da razoabilidade, porque a gente sabe que 0,6 é razoável.

Délio, qual é a diferença de 0,6g/l para 0,2g/l?
0,6 g/l seria equivalente, mais ou menos, a duas garrafas de cerveja de 600ml. Atualmente, é tolerância zero. Eu nem sei de onde veio esse 0,2g/l.

Luis Claudio – Acho que o 0,2g/l é por causa do bafômetro, índice de segurança. Mas a lei é tolerância zero mesmo.

Paulo – Acima de 0,1g/l eles já estão encaminhado para a delegacia

Luis Claudio – Olha que complicado, como a gente muda o estado de direto para o estado policial. A gente vai ficar à mercê de um policial.

Délio – Essa é a minha ressalva. O policial te olha e fala “você está com cara de quem bebeu” e te leva para fazer um exame...

Luis Claudio – Em São Paulo, definiu-se que só em caso de potencialidade, se perceberem que o motorista pode causar um acidente, é que levam para detenção.

Paulo, continue falando sobre a opinião da Abrasel
O problema que tínhamos em relação ao acidente é total falta de fiscalização. Nunca, ninguém que eu conheço, foi parado para fazer bafômetro. Freqüento estrada federal todo fim de semana, há 10 anos, e nunca fui parado. O que temos é um poder público que intimida a população, mortes crescendo no Brasil por problemas de buracos nas estradas, de veículos não preparados e pessoas bebendo muito. Mas a solução desse problema é complexa, então o governo deu a seguinte resposta: “Vamos enganar a turma falando que uma lei de tolerância zero vai resolver o problema”. As causas reais não estão sendo atacadas.

Quais seriam as causas reais?
Ausência total de fiscalização. Risco zero de você ser pego. A Polícia Militar disse ao Estado de Minas que vai pôr 43,5 mil homens nas ruas pra fiscalizar a lei seca. Por que ele não colocou isso antes, na lei anterior?

Qual é a sugestão da Abrasel?
Queremos que a lei seja exercida com todo o rigor e fiscalização. Se eu sou dono de um bar e estou vendo alguém bebendo excessivamente, recomendo que essa pessoa não dirija, ou ofereço um táxi. Se ela não seguir, eu, como cidadão, tenho o direito de denunciar. Vou denunciar para onde? O 190, que não aparece? Se a sociedade quer enfrentar esse problema com seriedade, tem que aprender a denunciar. O poder público também precisa estar presente para punir. E cidadão deve ter responsabilidade com a segurança dos seus e dos outros. Criar um disque-denúncia é algo que a Abrasel pede desde janeiro, mas isso foi ignorado. Por que o poder público não faz? Porque vai ficar muito fácil de ver que a incompetência é do estado. O primeiro efeito será corrupção. Até porque com R$ 957 no Brasil você anda corrompendo até político, quanto mais um policial.
Délio, não atinge a capacidade de dirigir?
O ideal, realmente, é não dirigir após a ingestão de bebida alcoólica.

Paulo – Há vários ideais na vida, né? Hoje, a escola é onde mais se começa a usar drogas. Se a gente for extrapolar o ideal, nossos filhos não vão mais para a escola, porque corre o risco de ter droga. Noventa por cento dos taxistas, com a jornada pesada que têm, estão com os reflexos comprometidos. Os que me servem no dia-a-dia me falam em 12, 15 horas de trabalho. Possivelmente, estão mais comprometidos para dirigir do que alguém que bebeu um pouco.

Avelino – Discordo porque já trabalhei 12, 13 horas com táxi. Cansaço sim, você fica, mas é diferente de fazer uma ingestão alcoólica.

Délio – A maior parte dos acidentes que ocorrem é por sono e cansaço. A pessoa dorme. O álcool tem influência nisso também. Imagine aquilo que muitos de nós já fizemos: depois de uma semana inteira de trabalho, você não dorme direito na sexta-feira e, no sábado, vai para um sítio, faz um esporte, toma cerveja, descansa umas três ou quatro horas e depois dirige de volta. Você não está sentindo o efeito do álcool, mas ainda está cansado. Isso acontece com freqüência, assim como os caminhoneiros que dirigem à noite. É essa coisa social da pessoa ter que trabalhar dobrado para ganhar dinheiro.


Esquemas de desenvolvimento – causa/conseqüência; exercícios de produção de parágrafos e interpretação de texto.

Esquema de redação a ser trabalhado:
Introdução – apresentação temática

Desenvolvimento 1 – Causas do problema temático.

Desenvolvimento 2 – Conseqüências do problema temático.

Conclusão – sugestões/saídas para o problema temático.

Exercícios
Tema 1: O sentimento do ciúme em nossas relações. UNESP – Universidade Estadual Paulista – vestibular 2006.
Olhos nos Olhos

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
(Chico Buarque. Letra e música. 1989.)
Quando alguém diz que não tem ciúmes está tentando se enganar ou enganar os outros. Este sentimento não existe só no amor entre homens e mulheres. Pode estar presente num relacionamento entre amigos, irmãos, pais, filhos e colegas de trabalho. Quando ele não ultrapassa os limites e se torna obsessivo, pode até fazer bem à relação . No entanto , quando o ciúmes passa a ser exagerado e a gente vai se deixando levar por esse sentimento, começamos a colocar de lado tudo o que nos dá prazer em um relacionamento, para ficarmos espreitando, espionando, buscando fatos e coisas que provem a infidelidade do outro.

E quando isso acontece, já é uma doença, pois os sentimentos de posse, desamor e insegurança passam a ser totais. E o que acontece? Principalmente na relação amorosa, a tendência é tentar exercer controle sobre os passos da pessoa amada.

Daí começam as cobranças...as brigas e a vida a dois se transformando num verdadeiro inferno, tanto para a pessoa que está sendo acusada de infidelidade quanto para aquela que sente ciúmes, pois qualquer olhar , qualquer atitude "diferente" que só existe na cabeça do ciumento, já é motivo de sofrimento.
O ciúme é uma construção elaborada por quem o está sentindo e depende pouco da ação do outro. Aquele que está sentindo ciúme, mantém-se convicto de que o outro é o causador de seu sofrimento e que as "provas" de que dispõe são absolutamente verdadeiras, bem como o significado a elas atribuído.

O ciumento interpreta erroneamente as ações do outro e, quando o ciúme é exagerado, ele precisará de ajuda profissional para livrar-se dessa maneira de ver a vida e os outros.
Caminho para a cura
Por que você sente ciúmes? Este sentimento é movido por dois outros fatores emocionais : a posse e a insegurança. E tudo isso , aliado ao medo de perder a pessoa amada, são os culpados por esse inferno particular. E então?, o que fazer? O primeiro passo é perder o orgulho e assumir que você é uma pessoa ciumenta.

É preciso aprender a respeitar limites, ninguém é dono de ninguém . Todos precisam ter sua individualidade, amigos e principalmente liberdade.
Valorize-se e ame-se. Assim vai ser mais fácil lidar com este sentimento.
Existe uma atitude que faz qualquer cena de ciúmes cair no vazio: a sinceridade. Tente dizer apenas três palavras: "ESTOU COM CIÚMES". Procure fazer uma lista do que levou você a sentir ciúmes . Além de se acalmar, vai analisar melhor a relação, antes de acusar o seu amor. Depois de desabafar, o seu par vai entender o que se passou e, se realmente amar você, vai se esforçar para não cometer outro erro (se é que foi erro mesmo e não coisas da sua imaginação). Coloque-se no lugar da pessoa amada que esta sendo vítima do ciúmes. Você gostaria de ser acusada toda hora por uma coisa que não fez? De ter seus passos vigiados? Seria um pesadelo , né?

Procure estar sempre perto de seu amor. Não para controlar e sim para participar mais da vida dele. Assim você vai ficar mais por dentro do que acontece e menos insegura (o). Costuma-se dizer que quando alguém está sentindo ciúme é porque esta pessoa é insegura, não confia em si mesmo, não confia no amor do outro, etc. Estas afirmações repetidas por todos se transformam não numa explicação aceitável que ajude esta pessoa a resolver a situação, mas numa acusação.
Todos nós somos inseguros. Não há qualquer pessoa que seja segura de si em tudo. No entanto , quando alguém nos aponta o dedo e diz "você é inseguro" está produzindo não uma constatação, mas uma agressão, embora sua intenção talvez fosse demonstrar que não haveria motivo para desconfiança. Resta então entender o que é o ciúme.
(extraído de sites na internet)
Exercícios de interpretação temática e criação de um ponto de vista
1. Após uma reflexão feita a partir da leitura do tema e dos textos de apoio, nota-se que podemos trabalhar o esquema causa/conseqüência sobre o assunto ciúme. Marque então, em relação ao tema, o que você entende ser causa:
( ) sentimento de posse em relação ao outro.
( ) despreocupação em relação a lugares e pessoas com quem o outro anda.
( ) insegurança em relação a lugares e pessoas com quem o outro anda.
( ) medo de perder o outro.

2. Marque agora o que você entende ser conseqüência em relação ao tema:
( ) possível separação.
( ) brigas constantes.
( ) valorização da liberdade e individualidade de cada um.
( ) respeito ao outro.
( ) relação marcada por desconfiança.

3. O que você apontaria como saída para uma pessoa que é ciumenta a ponto de estar criando sérios problemas para a relação?
( ) em casos mais complicados, buscar auxílio de um profissional em Psicologia.
( ) ser sincero em confessar que está com ciúmes.
( ) não dialogar: extravasar, dizer tudo que vem à mente para o outro.
( ) fechar-se para o outro, esperando a melhor chance para vingar-se.
( ) acusar o outro de infidelidade quando esta existir ou não.
( ) envolver-se com o outro, respeitando-o, pois “ninguém é dono de ninguém”.

Em resumo, após as três questões, qual é o seu ponto de vista em relação ao tema?

Provar que o ciúme é motivado por... e pode ter como resultados ... , assim é necessário...

Exercícios referentes à produção dos parágrafos

Introdução – produzir 2 frases:
1ª – Nesta, a palavra central a ser apresentada é ciúme(assunto central). Formule então uma frase com ela. (sugestão: você pode afirmar que o ciúme traz problemas à vida de casais, familiares, amigos).
2ª – Nesta, como estamos trabalhando com o esquema causa/conseqüência, você pode fazer uma afirmação (sugestão: Há causas e conseqüências para o problema enfrentado por muitas pessoas.) ou perguntar (sugestão: Quais são as causas e conseqüências para esse problema enfrentado por muitas pessoas?).

Desenvolvimento 1 – neste parágrafo, já sabemos, trabalharemos causas do problema temático. Veja o esquema:
1. Apresentar a 1ª causa (um dos itens marcados na questão 1).
2. Explicação da causa: por que isso é negativo para a relação?
3. Apresentar a 2ª causa (um dos itens marcados na questão 1).
4. Explicação da causa: por que isso é negativo para a relação?
5. Frase que já anuncia a idéia a ser tratada no próximo parágrafo: conseqüências desastrosas para a relação entre pessoas.

Desenvolvimento 2 - neste parágrafo, já sabemos, trabalharemos conseqüências do problema temático. Veja o esquema:

1. Apresentar a 1ª conseqüência (um dos itens marcados na questão 2).
2. Explicação da conseqüência.
3. Apresentar a 2ª conseqüência (um dos itens marcados na questão 2).
4. Explicação da conseqüência.
5. Apresentar a 3ª conseqüência (um dos itens marcados na questão 2).
6. Explicação da conseqüência.

Conclusão – 2 frases.
1. Confirme sua posição afirmando que o ciúme só traz conflitos.
2. Mostre 2 saídas (escolha dois itens marcados na questão 3).
Exercício para casa

Água a Conta-Gotas
Todos os anos, especialistas de 140 países reúnem-se na Suécia para a Semana Mundial da Água. Todos os anos, a mesma questão: falta d'água no planeta. Este ano, um grave alerta e alguns avanços. O alerta vem do estudo divulgado no início da semana (que foi de 20 a 26 de agosto), indicando que um terço da população mundial já sofre com a escassez de água potável. Piora se levarmos em conta que esse quadro era previsto para acontecer somente em 2025. Se nada for feito, em mais 50 anos a situação ficará insustentável.
(ATHAYDE, Phydia. Água a conta-gotas. Carta na Escola. Ed. n.º 10, out. 06, p. 26.)

A partir da leitura do trecho, redija um texto dissertativo que aborde:

Quais causas e conseqüências para o problema colocado? O que pode ser feito para evitar que a situação fique insustentável nos próximos 50 anos?
Dica da aula
A conjunção pois – não use pois assim que começar um texto. Pois é uma conjunção explicativa ou conclusiva, e ninguém deve explicar ou concluir nada logo no primeiro parágrafo. As explicações só aparecem quando seu processo argumentativo está em andamento. Lembre-se de que, no primeiro parágrafo, deve-se apenas situar o problema.
(in: Roteiro de Redação, ed. Scipione)


Interpretação Textual
OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE TEXTOS:
1. Ler o texto duas vezes. A primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado, desenvolvido.
2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.
3. Sublinhar, em cada parágrafo, a idéia mais importante, ou seja, o tópico frasal.
4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido.
5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para não se confundir no momento de responder a questão.
6. Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a idéia mais importante contida neles.
7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse, escreveu.
8. Se o enunciado mencionar tema ou idéia principal, deve-se examinar com atenção a introdução e/ou a conclusão.
9. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento.
10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.)


ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS

EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou melhor, “escorregar na maionese”. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se dar importância somente ao que está relatado.

REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele.

CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, o verbo “ser”, principalmente.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.

Compreendemos um texto quando analisamos por inteiro - o que realmente está escrito - coletando dados do texto. Interpretamos um texto quando damos a ele um valor pessoal.

Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa interpretação pessoal do texto, deve-se observar a existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é essa a idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim de respondermos questões de interpretação textual.
O primeiro passo para se interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual a tipologia textual, ou seja, o tipo de texto que lemos. Há três tipos: TEXTO DESCRITIVO, TEXTO NARRATIVO e TEXTO DISSERTATIVO.

EXERCÍCIOS

1. Observe o texto abaixo para responder as questões abaixo:
(...) a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua... E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Com relação ao texto acima, procure responder os tópicos seguintes:
A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza?
____________________________________

B) De quem era o olhar submisso?
_____________________________________

C) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a palavra que indica essa referência?
_____________________________________

D) Que referência a palavra “que” retoma?
_____________________________________

------------- TEXTO 1 -----------

Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada aponta que existem 7 milhões de mulheres se prostituindo no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que uma parte significativa (500mil) é composta por meninas com menos de 18 anos de idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país da América Latina com maior número de prostitutas infantis.
O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, é também responsável por conduzir as mulheres à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são negras ou mulatas.
A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro fator determinante para o aumento da prostituição. “A maioria entra nessa vida porque sofreu violência em casa”, afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável pela Casa de Convivência da Luz.

QUESTÃO 1:
O texto aponta as seguintes causas para o aumento da prostituição feminina no Brasil:
A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.
B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
C) A falta de emprego para as mulheres com menos de 18 anos e o racismo.
D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do Brasil.
E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência dos pais e irmãos.
QUESTÃO 2:
Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:
A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.
B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano das grandes cidades.
C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres.
D) descrever, claramente, o universo feminino.
E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as mulheres negras e mulatas.

-------------- TEXTO 2 -----------

“Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícias, estes conflitos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o sucesso das estratégias anti-inflacionárias.”
Questão : julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do trecho destacado acima::
1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os conflitos, gerados por confrontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das estratégias anti-inflacionárias fica, com isto, comprometido.
2. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que, freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isso, comprometer o sucesso das estratégias anti-inflacionárias.
3. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se, pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem as decisões erradas.
4. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas.
5. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabilização, pressionados por confrontos e polêmicas decorrentes de conflitos, tomarem decisões erradas.
------------ TEXTO 3 -----------

“Dizem-me que mais da metade da humanidade se dedica à prática dessa arte; mas eu discordo dessa afirmativa, visto que não existe tal quantidade de gente inativa. O que acontece é estar essa gente interessada em atividades impessoais com repercussões imediatas para o mundo.”
QUESTÃO : Analise e julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do trecho destacado acima::
1. mas eu discordo dessa afirmativa, uma vez que existe muita inativa. O fato é que essa gente demonstra interesse por atividades impessoais com repercussões imediatas para o mundo.
2. mas eu duvido desta afirmativa, já que não existe tanta gente laboriosa. O fato é que essa gente decide desenvolver atividades imparciais sem conseqüências vantajosas para o mundo.
3. mas eu interrogo esta afirmação, posto que existe muita gente sem fazer nada. O que acontece é que essa gente está interessada em atividades bilaterais sem conseqüências vãs para o mundo.
4. mas eu discordo desta afirmativa, porque existe muita gente inativa. O que acontece é que essa gente fica desinteressada em atividades exclusivas com repercussões positivas para o mundo.
5. mas eu não concordo com esta afirmação, porque não existe tanta gente sem fazer nada. O fato é que essa gente prefere desenvolver atividades impessoais com repercussões imediatistas para o mundo.
-------------- TEXTO 4 -----------

Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito
Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à empresa.; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos. A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, na qual garante: “Quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e experiência, as mulheres recebem o mesmo que os homens”. Ou seja, com oportunidades iguais, não há diferença.(...)
A tese da Veja contraria a posição não só de feministas, mas de diversos pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como internacionais. A própria matéria apresenta dados de uma recente pesquisa da organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% para 22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto de vidro” - uma faixa invisível que impede mulheres de ascender profissionalmente dentro de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado

QUESTÃO 1: Das alternativas abaixo, a única que corresponde a uma idéia presente no texto é:
A) É um equívoco afirmar que as mulheres sofrem discriminação salarial.
B) A revista Veja defende que as mulheres são discriminadas no ambiente de trabalho.
C) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminação feminina é um dado real.
D) A desproporção salarial entre os sexos é um mito.
E) Pesquisas da OIT apontam para a intensificação das diferenças salariais entre os sexos.

QUESTÃO 2: No texto, observe que alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois, ao longo do texto, são substituídos por palavras equivalentes ou são simplesmente inferidos pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes afirmativas:

I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos”.

II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de “A revista Veja”.
III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% para22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto de vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organização Internacional do Trabalho”.
Está (ão) correta (s):
A) 1, apenas. D) 2, apenas.
B) 3, apenas. E) 2 e 3.
C) 1, 2 e 3.

------------ TEXTO 5 -----------

- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...) (Machado de Assis, O segredo do bonzo.)

QUESTÃO :
Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e “se ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:
A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.
B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.
C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.
D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.
E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.

------------ TEXTO 6 -----------
O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que se hospeda geralmente em crianças em idade pré-escolar. Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais íntimo entre elas. Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra, desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e escovas pode ser tranqüilo.
Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal para o ser humano. “Isto não existe porque cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a sua, morre.”

QUESTÃO :
Diante da interpretação do texto acima, julgue as alternativas abaixo:
1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população brasileira, principalmente quando na idade pré-escolar.
2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra” - há a elipse do substantivo criança logo após a palavra outra.
3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma coesivamente a expressão anterior “ (...) piolho voa”.
4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a sua, morre”, o pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.
5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se acredita...” - a conjunção insere uma idéia de explicação.

-------------- TEXTO 7 -----------

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.
(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Instruções: Para responder às questões de números 1 a 4 Assinale como VERDADEIRAS as afirmações corretas e como FALSAS as que não são corretas.

1. 00. A comparação entre exercícios físicos e utilização de drogas é possível porque, em ambos os casos, a dependência é causada tão-somente por fatores psicológicos.
11. A dopamina e a endorfina são neurotransmissores que, de modo combinado, fazem com que algumas pessoas se tornem dependentes de exercícios físicos.
22. Nosso organismo, estimulado pela prática de exercícios físicos, libera a endorfina, um neurotransmissor que pode causar dependência comparável à causada pelas drogas.
33 Um efeito possível, provocado pela liberação da endorfina, é uma sensação de intensa euforia, logo depois de uma maratona, por exemplo.
44 Quando liberada, a endorfina age de modo a desestimular a prática de intensos exercícios físicos.

2. 00 A dependência dos viciados em droga manifesta-se quando a pessoa não aceita a privação da dopamina.
11 Há pessoas que buscam as atividades físicas para com elas aliviarem o seu estado de ansiedade.
22 Um estado de abatimento e depressão, logo depois de uma maratona, por exemplo, é um efeito possível, provocado pela liberação da endorfina.
33 A obstinação por exercícios físicos costuma acarretar problemas para o corpo e para a vida social.
44 A síndrome de abstinência ocorre quando a pessoa obcecada por exercícios físicos se vê impedida de praticá-los.

-------------- TEXTO 8 -----------
Bilhete complicado
O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por quem estava realmente apaixonado.
Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo entrou em uma loja e comprou um presente para a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de renda, e o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete:
"Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa. Sei que você não usa, pois nunca vi usar. Pena não estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com a cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta era a mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era para a mão entrar mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro. Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço do seu Gumercindo."
(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia - Paraguaçu, MG)

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 8:
1. Através do texto, percebe-se claramente que as conseqüências não serão agradáveis e que certamente o relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.
2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas intenções são as mais apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de negócios, lembrou a amada.
3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que gostava de tudo certinho - o termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta idéia de redução, diminuição.
4. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo complemento verbal subentendido: calcinha de renda.
5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa." - A expressão "este presente" e o pronome oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de pelica" e "namorada".